Talvez eu esteja desvairado, louco, (in) sensato demais. Não estou com sono as exatas 1h15 da manhã. Ai! Uma madrugada fria, (re) pingada aos delírios de Elenita Rodrigues – estou lendo sua tese – e Claricee Lispector. Além disso, acabei de assistir ao um filme com final sem história. Fiquei decepcionado. Senti que o meu tempo foi roubado, porque o filme não foi concluso, mas pelo menos eu senti medo, fiquei assustado com os suspenses. Não sei, é estranho: estou pensando –agora- muito na palavra “verde”, mas por quê? Isso, por quê? O verde é a cor da renovação, da vida, do ciclo da substância humana, mas onde fica o vermelho? Ah, o verde amadurece, o vermelho bombardeia o amor. Eu gosto muito de vermelho, mas será que ainda estou verde? Lá no fundo, todo adulto é verde é uma criança sorridente que adora plantas verdejantes. Falo muita doidera, mas são doideras minhas, emblemas deste silêncio que ouço agora – vago, infinito, avassalador. O silêncio é a autenticidade de que é bom ficar sozinho para se sentir, para cuidarmos de nossas próprias mãos.
Estou sorrindo amores.
Madrugada silenciosa
Aguda amorosa
Quando sinto sua rosa
Entrépida no meu coração
Entre meu pulmão e o verdejante
Desta escuridão
Fico sozinho
Acalentando meu coração
Porque o amor
Abandonou minhas sensações
Estou leve, entregue, ao silêncio
Da madrugada sob o luar
Da majestade amarela,
Aquarela
De felicidade, ó quanta saudade.
As palavras são os meus melhores amigos, claro que não substituem os de carne e osso – amo muito vocês. Ah, sei lá. Escrever me liberta – e quando deixo o coração falar, parece que vou explodir em lágrimas =(. É um sentido de preenchimento é como se fosse a união dos acasos dos momentos (des) ajeitados do coração. Será que eu chegaria a escrever um livro? Sim, acredito que sim, e ele iria ter à minha cara - a minha razão é o coração. Seria uma máscara permanente, completamente nua. Talvez o Ismael Try criticasse, porque minhas hipóteses fossem infundadas (seria legal), mas que isso importa? Não ligo para os padrões. Não gosto de falar as mesmas asneiras que os outros falam - são palavras fatídicas, que fogem a essência dos meus póros libertos de racionalismos irritantes.
Esta madrugada está começando a me dar dor de cabeça. Vou sentir Legião Urbana, depois vou dormir. (01h44 - faz sentido? Risos).
*eu queria ter colocado uma foto linda, que me faz tão bem, mas a internet não deixou =(. Internet, um dia eu te largo!
Me identifiquei muita com esse... Me fez lembrar minhas noites da 7°série. Eu sentia como se meu coração fosse sair pela boca... Meus desabafos eram feitos para um papel que em meio as lágrimas me levava a uma pequena calmaria... até cair em sono profundo.
ResponderExcluirAdoro tudo que você escreve. É como se os meus pensamentos tivessem sido lidos.
Parabéns querido!