sábado, 26 de fevereiro de 2011

A intensidade da realidade à visão de suspiros omissos

Estou sem nexo, agora, e se tivesse estaria louco. As palavras trocadas, comumente me distinguem. A  realidade é o que acreditamos que esperamos dos vagos que não esperam e nunca esperarão - morrerão com suas pífias (ir) realizações da ávida à-vida. Se mesmo soubesse quem sou não teria graça. Posso (re) criar-me quantas vezes quiser, para parecer a você o que você não é. As ilusórias lâmpadas escurecem o (in) consciente (re) adaptando às mínimas sensações corantinas. Zélif* sempre me dizia: " Não estou aqui. O que você vê nunca será quem sou. Nem eu me conheço. Contraditório e efêmero sou eu: o transcendente à luz". 

Pronto! (Suspiros!) Fiquei calmo agora - ashahshashah. Ah, não sei, meu coração pensa e eu escrevo. É isso. Tenho uma urgência imensa de escrever, como se o meu coração estivesse nos seus últimos suspiros e ofegante, ainda quer sentir o calor do sol sob o frio da alma. 


Estou indo, agora, continuar a ser feliz escrevendo borboletas azuis no céu celeste, com mais outras borboletas amarelas pinta-cordiz. 

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Madrugada destilante


Talvez eu esteja desvairado, louco, (in) sensato demais. Não estou com sono as exatas 1h15 da manhã. Ai! Uma madrugada fria, (re) pingada aos delírios de Elenita Rodrigues – estou lendo sua tese – e Claricee Lispector. Além disso, acabei de assistir ao um filme com  final sem história. Fiquei decepcionado. Senti que o meu tempo foi roubado, porque o filme não foi concluso, mas pelo menos eu senti medo, fiquei assustado com os suspenses.  Não sei, é estranho: estou pensando –agora- muito na palavra “verde”, mas por quê? Isso, por quê? O verde é a cor da renovação, da vida, do ciclo da substância humana, mas onde fica o vermelho? Ah,  o verde amadurece, o vermelho bombardeia o amor.  Eu gosto muito de vermelho, mas será que ainda estou verde? Lá no fundo, todo adulto é verde é uma criança sorridente que adora plantas verdejantes. Falo muita doidera, mas são doideras minhas, emblemas deste silêncio que ouço agora – vago, infinito, avassalador. O silêncio é a autenticidade de que é bom ficar sozinho para se sentir, para cuidarmos de nossas próprias mãos.

Estou sorrindo amores.

Madrugada silenciosa
Aguda amorosa
Quando sinto sua rosa
Entrépida no meu coração
Entre meu pulmão e o verdejante
Desta escuridão
Fico sozinho
Acalentando meu coração
Porque o amor
Abandonou minhas sensações
Estou leve, entregue, ao silêncio
Da madrugada sob o luar
Da majestade amarela,
Aquarela
De felicidade,  ó quanta saudade.


As palavras são os meus melhores amigos, claro que não substituem os de carne e osso – amo muito vocês. Ah, sei lá. Escrever me liberta – e quando deixo o coração falar, parece que vou explodir em lágrimas =(. É um sentido de preenchimento é como se fosse a  união dos acasos  dos momentos (des) ajeitados do coração. Será que eu chegaria a escrever um livro? Sim, acredito que sim, e ele iria ter à minha cara - a minha razão é o coração. Seria uma máscara permanente, completamente nua. Talvez o Ismael Try criticasse, porque minhas hipóteses fossem infundadas (seria legal), mas que isso importa? Não ligo para os padrões. Não gosto de falar as mesmas asneiras que os outros falam - são palavras fatídicas, que fogem a essência dos meus póros libertos de racionalismos irritantes.

Esta madrugada está começando a me dar dor de cabeça.  Vou sentir Legião Urbana, depois vou dormir. (01h44  - faz sentido? Risos).

*eu queria ter colocado uma foto linda, que me faz tão bem, mas a internet não deixou =(. Internet, um dia eu te largo!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Meu coração pede para escrever - ele tem razão.

Às vezes acho que minha cabeça é um processador da Intel; às vezes, um toca fita do meu carro (ah, mas eu não tenho carro, mas valeu). Estou ouvindo, em todo momento e mentalmente, a música de Legião Urbana - Vento no Litora -, qual parte? Cavalos-marinhos, cavalos-marinhos! Por que gostei tanto de cavalos-marinhos? Ah, eles são fofos e o macho cuida tão bem dos filhos, da fêmea e é tão melancólico - coisa de gente apaixonada, né? Além disso, minha cabeça pensa um monte  de coisas; fala sobre tudo; e eu não a repreendo, apenas queria ter um papel para escrever esses pensamentos fascinantes, amarelos, verdes, fuminantes nas chamas da imaginação. Será que tudo isso é para dizer: Fabrício, crie um blog. Escreva suas sensações. Ah gente, é hora de ter coragem e - taram... taram...(som de tambores) começar a preencher as lacunas deste blog; deixar o meu coração escrever os pensamentos extrapolados da minha alma.

Sinto-me livre, porque escrevo. É como se minha alma pudesse transbordar-se ao mundo. Meu coração quer, a cada instante, imprimir uma vida passada, presente, próxima, futura. É como se o meu corpo desobstruisse e -até que enfim- conseguisse sentir a felicidade em tudo, em casa pequena coisa. E a minha cabeça continua precessando um monte de coisa, pensando em tudo, (re)caixando sensações de todos os tipos e interpenetrando-as!   
Sábado nublado, em um dia 19 no segundo mês 11. 


Qual cor posto este texo? Eu gosto de vermelho, então: vermelho - é a cor do amor. Sou feito de amor - é o que eu mais sinto.