segunda-feira, 28 de março de 2011

Para uma amiga: Michele Schereiber

O céu de antes e hoje.

Ainda ouço seus passos na calçada.
Seus gritos alucinantes.
Tudo isso seria sua chegada.

Tenho saudades.
Foram tempos bons.
Dias de risos loucos sob
os corredores da Escola
triste, parada.

Alegrávamos tudo e todos.
Tudo era bom.
Só me resta as recordações.

Tenho saudades.
Amigos não se separam assim.
Você ainda está aqui, sorrindo.

Ainda me vejo lá
sentado sob o banco
contando sonhos, projetos.

Este céu continua sendo o mesmo
desse tempo bom.
Continuo sendo o mesmo na lembrança saudosa.

Lima, Fabrício. EM 16 de março de 2011, tarde.

domingo, 27 de março de 2011

Não acredite em mim. Sofro tanto que transbordo em amor. Se eu me entendesse teria me dopado de desculpas.

Não, isso não é meu. Na verdade sou cheio de incertezas. Estou me contradizendo? Olha no meu olho. Vira! Olha! Sente meu coração! Minhas mãos estão trêmulas. Tudo bem... Mas vira; tira; sintoniza; ameniza meu coração. Não consigo respirar. Meu sangue está congelado. O meu amor precisa ser bombardeado para seu corpo. As imensidões me destruiram. Se você não estiver mais aqui, eu ... vou chorar. Para, não faz isso. Estou ferido. Minhas mãos sangram. Tenho que segurar esse vidro, para não quebrar ainda mais. Os restos são meus remendos. O mundo vai parar agora. Não acredite no amanhecer, porque queima. Até o luar o sol te fez vapor. Os céus não comportam mais estrelas. Os socorros são em vãos. Meus passos caminharão na rua silenciosa, sossegada. Lembrarei de tudo. Inventarei as lembraças cheias de esperanças vagas, sem rimas e sem felizes para sempre. Há uma bomba atômica dentro de mim. A todo instante sua chave faz falta... Sem pontos... ró- tulos...


""
Es - trelas. Não cabe mais.

O Farias falou em estrelas e eu não paro de pensar nelas.
Há uma estrela no céu escuro.
Os escuros que são nossos.
Vossos, sem agente, ou aderentes.
Veja, encontre.
O brilho que há no horizonte vertical
É o infinito do brilho de um coração
Ardentes
Sem amarelos, porque você não viu
Sem esperança, porque você dura.
Eu sei que um dia você vai cair.
Não quero isso.
Quero cair por você.
A minha felicidade
É sofrer.
Intensidade.
Saudade.
Tranquilidade.
Eternidade falsa.
O Lemes bem que me falou:
Cadente. Velocidade. Intensidade.
Ai, eu sei que você não vai voltar.
Fui veloz demais. Intenso demais.
Brilhei muito e você não viu.
Vou cair para proteger sua felicidade.
Nos restos do planeta
Serei um
Pingo
Vermelho, ferido
Olhando uma estrela
Impossível.
Impossivel.
Sou caído." 

Depois procuro a foto de uma estrela. Você acha que estrela cola? Cola e solta!

quinta-feira, 24 de março de 2011

Uma noite rápida no Facebook. Vários textos. Muitas sensações.

Fiquei meio pirado nesse dia. Estava sentindo tanta saudade. Ah, mas agora eu sofro sozinho e isso é bom. Pelo menos eu tive uma felicidade singela. Continuarei sorrindo por ai. Borboletas? E tem vermelhas? Risos. Você não está pensando a mesma coisa que eu, eu sei, desculpa. Bem, compilo abaixo - a pedido de Lemes e por uma iniciativa minha - alguns textos de uma noite estranha no Facebook:

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Se começo, quero começar. Se termino é para continuar.
por Fabrício Lima, quarta, 16 de março de 2011 às 22:27

Estou tão louco, que não consegui colocar
crase em no a maiúsculo de às vezes.

Tenho um agonia quadrática na garganta.
Ah, não sei.
O meu coração é redonho
Talvez por isso que ele sempre
Salta à boca.
[risos escondidos].

Isso reafirma: se espero, entonteço.
Se ajo, altero.
Se luto, perduro.
Se choro, relaxo.
Se altero o relaxo, perduro andorinhas
Em caminhos estranho,
Mas que distinguem
Minha realidade.

Rea - li - da - de
Selvagem.

Sou uma cachoeira
Cheio de pingos
de silêncio.
O Vento tem que entrar nessa?
E a concordância, tem que
concordar com isso tudo?
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Se condiciono-me, então me mantenho limitadamente: um talvez perdido no sempre.

por Fabrício Lima, quarta, 16 de março de 2011 às 22:22
Não me importo como  escrevo.
Sei que falo muito.
Quem fala demais se expõe.
Mas sou um oposto escrito, ou
um sinônimo antônio no subjetivo.

Sub-jetô-me aos pulsante-s.
Por mim não me basto.
Basto-me a cada instante que respiro.

Des-tilas, se quiseres.
Se penso, logo sou  animal.
Se sou um animal, sou humano.
Se humano sou, coração tenho.
Coração irracional na ação planejada.

Os contraditórios são meus.
Coletei todos.
Todas as esperanças estão em mim.


Sofro pelos jamais.

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Posso sorrir, se você brilhar e rir!

por Fabrício Lima, quarta, 16 de março de 2011 às 22:17
Não me importa se sei de tudo. Não me interessa se o Planeta está na minha órbita.
Meu infinito é você.
Minhas hipérboles pluralistas são tuas.
Há um coração no meu peito, que não é meu.

O mundo é pequeno.
Sinto que você está perto.
Cada vez mais perto.
O sol brilha você.

Vou cultivar meu jardim sombrio.
Com várias rosas sem espinhos.
Não sinto mais nada.

Você não é o meu caminho
A escolha é minha.
Se sigo, seremos a eternidade na completude encontrada.

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Há uma maçã. Gosta de vermelho. Ainda é uma metade.
por Fabrício Lima, quarta, 16 de março de 2011 às 22:09

Ouço devaneios; muitos, por sinal. Sinto falta. Vejo você em tudo. É tanto aperto... parece que não tenho muito tempo. Há (des) constroles e é tão bom sentir isso. É como morrer e saber que se pode viver novamente. Não fale em tempo para mim. Somos nós, os responsáveis por tudo isso. Sou um remendo da vida. Se ainda há algo inteiro, despedaço-me novamente. SEi que um dia vai embora. Não quero chamar você. sEi! sEi! Não viu?   

Noite. Sem calor, ou frio. PErdido no tempo, no tempo todo do mundo.

AS coisas que a gente sente. Maiúsculas e minúsculas. Juntas, ou não.

Nossa, tem um tempão que não venho aqui. Tantas coisas me aconteceram: tive novas experiências; briguei comigo mesmo; entrei em confusões; brigaram comigo. Risos. Tantas coisas, né? A vida é uma coisa. Sim, uma coisa que a gente pinta de várias maneiras e mesmo que não façamos nada, a tinta um dia desmancha e temos que (re) fazer tudo novamente. Acho que me refaço o tempo todo. Fico inseguro quando digo que "acho" alguma coisa de mim - eu teria que ter  a certeza de mim mesmo, do que sou, sinto, olho, não é?! Falando em sinto... estou sentindo tantas loucuras hoje - falei até pro Lemes, como ele tem a coragem de ler essas loucuras; mas na verdade senti tantas coisas últimamente, mas o problema é que são as razões do meu coração. Ele [coração] até queria amar - pensou, tentou, mas viu que.... não sei se posso dizer: impossível. É isso. A gente sofre tanto que acha impossível amar. Não é isso. Quero alguém sim, que cuide de mim, que abrace, beije, me morda, que batalhe comigo. Mas isso é difícil. Talvez o conceito de que melhor sozinho do que mal acompanhado é cabível. Acho que o negócio está tão bagunçado, que eu deveria orgazinar: NÃO SOU FODA! É isso! Tudo ficaria mais fácil. Eu não me decepecionaria tanto e nem tiraria agulhas do meu peito. Sempre gosto de soltar um "sei lá". Mas sim. Fico meio que machucado quando conheço alguém, que me dá esperanças, mas lá no fundo só quer brincar. Ai, sou feito de amor. A cada olhar é uma esperança. Não fico com medo de tentar. A felicidade é um troço tão bom. Uffffff! Tenho que parar de pensar essas coisas. Vão achar besteira! Se eu pudesse, compraria várias malas, colocaria os ferros do meu corpo lá e depois sairia voando à lua, com um sorriso de completude. Risos! Nem tudo é simples assim. Nem complicado. A gente embaraça as cordas. Quando as coisas estão dando certo a gente amarra tudo, só para vivermos com esse sofrimento de desculpite. Forte. Fraco.


Estou indeciso sim! Não estou decidido. Não quero sofrer. Quero sofrer. Quero lembrar. Quero sentir saudades. Quero sentir essa falta da saudade. Quero o contrário. Quero o sinônimo. De mim. De ti. Contigo. Conosco!!!



Desentendimento.

O que eu sinto eu não ajo.
O que ajo não penso.
O que penso não sinto.
Do que sei sou ignorante.
Do que sinto não ignoro.
Não me entendo e ajo como se entendesse.
Clarice Lispector


? ? ! ! às 00h54 e Clarice sintonizando!