quarta-feira, 21 de março de 2012

O poema

O poema.

“O poema é um segredo
Ramificado
Claro, ambíguo, escuro, infinito
O poema é seta vermelha no
Escuro.
Os claros o veem.
O poema é silêncio de cachoeiras.
Pingos formam a pedra.
O poema é o social estreito.
É o lenço dos oprimidos. Suor
Dos esquecidos.
O poema é tempo perdido.
Marco preto colorido.
O poema é rosa.
Cultivadas, vivas – rosas.
O poema são dois pontos.
Dos calados, aos chatos
Intrigantes.
O poema é uma batida no
Cérebro.
É uma criança teimosa, sonhadora.
O poema é a calma rósea do
Mar.
Com tristes iscas vivas,
Exploráveis.
O poema é a letra sem título.
Conjunto de omissos.
Escrito na loucura avisada.”

30/03/2011, tarde.

Nuvens marinhas...=)

“Nuvens marinhas.
Brancas azuis.
Esponjas do mar.
Flutuam no azul celeste.
Raios brancos solares.
Umedecem silêncios.
Em corações frios no
Verão.
Quentes no Inverno.
Sob formas mutantes.
Nuvens marinhas.
Criam horizontes animados
Para almas: formas
Claras, cinzas.
Deslizantes sob o vento
Transborda saudades
Neste céu.
Saudades. Esperanças presas.
Nuvens tristes verdes.”

Lima. 30/03/2011.



domingo, 11 de março de 2012

A gente nasceu para amar, para ser feliz! Time!

Às vezes a gente acha que não precisa escrever
Quando é para falar de sentimentos
Às vezes é bom escrever sem olhar
Sem querer vê-los...
A gente sempre sentirá o nosso AMOR.
O amor que carregamos no peito, como uma semente
Queremos plantá-la com todo amor do mundo em algum
Coração fértil e possivelmente feliz, como o nosso.
Às vezes damos todo nosso amor para alguém
E temos a sensação de que realmente ficamos fracos
Vazios e nitidamente perdidos no tempo,
Porque o que demos com toda intensidade de nosso
Sangue não passou de um susto para alguém, que talvez
Pela primeira vez sentiu um beijo ardente, com a fragilidade
De quem se entrega de alma clara, sem olhar pro lado
Sem medir, sem distanciar. Talvez tenha sido esse o erro:
Sem medir. Mas a gente não foi feito para medir tanto
Pelo menos no amor. Risos de madrugada! A gente simplesmente
Lembra de alguns momentos... de caminhadas em subidas ao entardecer
Sorrindo e ao mesmo tempo temeroso se foi essa a coisa certa a fazer.
A gente acredita que pode se misturar e viver; viver em algo maior que
Nós. Eu dei todo o meu amor e ele desembocou em um mar
Um mar com muitos continentes.
Eu ainda canto aquela música que acreditei e ainda acredito
Mas agora eu acredito no meu amor; no amor
Que há em mim, no meu peito; acredito na minha história.
Eu só sei que o conto de fadas que desenhei com asas de esperanças
Não tinha sequer asas! É isso! A gente ama a pessoa, certo?
As fadas e os contos só nascem e sorriem em nossas cabeças.
EU tenho que lidar com o diferente e com as possibilidades humanas.
Eu só sei que agora estou aqui com todo o meu amor para você.
Você que agora me recebeu assim: cheio de feridas, mas só você
Consegue tocá-las com sua docilidade. A música acabou, mas há em mim
Você e eu. Há nós! Agora eu te dou o mesmo coração que deu todo seu amor e
Esvaziou-se. O mesmo coração que concede e ao mesmo tempo excede por você.
A música acabou! Eu quero pontuar minha madrugada agora.
Beijos e só isso que quero dizer... =)






Texto de 2011. Estou juntamento um pouco de mim nos papéis que acho por aqui. Estou mudando! Talvez eu esteja mais temeroso e...esperando o momento a pessoa certo. Nem acredito! Escrevi "a pessoa certa"? Risos! É...a gente nasceu pra ser feliz, como diz Elenita Rodrigues. No momento certo nos encontraremos....

sábado, 3 de março de 2012

Na vida o caminho nem sempre é o caminho, por que o título deve ter título?

Retirado do meu caderninho pequeno; de um tempo que não lembro!

“Ele assistiu aos Simpsons
E mais uma vez amou
Sentiu que estava
Chovendo lentamente lá fora
Sozinho, sentiu que
O frio era perceptível.
Confirmou sua dúvida.
O tempo parado era
A coisa mais linda, pensou.
Viu pássaros bailando
No céu chuvoso nublado
Quase não aguentava,
Para chorar.
Olhou para o lado
Lembrou que há tempo
Estava sozinho e
Continuaria assim
Por tempo incerto – ficou
Triste com isso.
Resolveu escrever.
Correu para o quarto
Abriu a gaveta e pegou
Um caderno pequeno de
Coisas simples.
Sentou-se na calçada
Abriu o coração e sentiu
O universo numa simples
Tarde de domingo.
A chuva molhava sua letra e ele achava o
Máximo – sabia que o
Tempo ia fazer isso mesmo
Mas é uma honra a
Chuva fazer parte disso, pensou.
Lembrou de alguém que
Fez uma escolha
Achou a pessoa um
Silêncio amarelo. Ficou
Triste por ela.
Sorriu sozinho.
Pensou em chorar.
Mas para quê? Ponderou.
Beijou-se. Acariciou-se.
Cheirou-se. Adorava
O seu próprio jeito e
Imperfeições.
Sua pele
Adorava sentir os pingos
Da chuva. Soltava altas
Gargalhadas por isso.
Não quis pensar no
Passado. Repudiou o
Clichê de frio.
Lembrou de muitos e
Sabia que apenas 1, ou
Dois, lembrariam-se dele – acreditava.
Sorriu sem parar
Levantou-se,
Olhou para as andorinhas
Como criança indefesa
Que vê a mãe.
Abriu os braços.
Esticou-se.
Tudo ficou manchado.
Desequilibrou-se.
Talvez estivesse muito
Pesado, pensou.
Então olhou
Para o céu
Fechou os olhos
E sorriu.
Queria alguém, além de
Sua própria alma e
Coração, para conversar.
Esticou o braço manchado
De tinta de caneta.
Abriu o livro de simples
Coisas
E ofereceu seu
Couro a chuva, para
Que deixasse tudo manchado.
Pulou, dançou nos arranhões das andorinhas
Achou isso o máximo.
Seu pescoço doía pela
Doidera do céu com
Vários pingos voantes
Fixos, caídos.
Tudo cinza, meu Deus, penso.
Deus o abraçou e
Disse que tudo
É intenso e que
Seguisse o seu coração e
Sobre as manchas nas
Mãos e no peito falou:
- não tenha vergonha;
Não as esconda; é a
Marca da coragem de
Amar. Sou o vento
Que te deixa livre.
Acredite. Feche os olhos.
Sinta. Ame mais. Ame
Com manchas, pingos, lágrimas.
Mas ame a verdade e os
Corações.
Sorriu. Queria sentir
Isso sempre. Agradeceu
Por ainda estar vivo,
Por ainda estar por aí!”

2012

2012 Começou
                        Num Recomeço
                                                 Pra mim.   =)