domingo, 20 de fevereiro de 2011

Madrugada destilante


Talvez eu esteja desvairado, louco, (in) sensato demais. Não estou com sono as exatas 1h15 da manhã. Ai! Uma madrugada fria, (re) pingada aos delírios de Elenita Rodrigues – estou lendo sua tese – e Claricee Lispector. Além disso, acabei de assistir ao um filme com  final sem história. Fiquei decepcionado. Senti que o meu tempo foi roubado, porque o filme não foi concluso, mas pelo menos eu senti medo, fiquei assustado com os suspenses.  Não sei, é estranho: estou pensando –agora- muito na palavra “verde”, mas por quê? Isso, por quê? O verde é a cor da renovação, da vida, do ciclo da substância humana, mas onde fica o vermelho? Ah,  o verde amadurece, o vermelho bombardeia o amor.  Eu gosto muito de vermelho, mas será que ainda estou verde? Lá no fundo, todo adulto é verde é uma criança sorridente que adora plantas verdejantes. Falo muita doidera, mas são doideras minhas, emblemas deste silêncio que ouço agora – vago, infinito, avassalador. O silêncio é a autenticidade de que é bom ficar sozinho para se sentir, para cuidarmos de nossas próprias mãos.

Estou sorrindo amores.

Madrugada silenciosa
Aguda amorosa
Quando sinto sua rosa
Entrépida no meu coração
Entre meu pulmão e o verdejante
Desta escuridão
Fico sozinho
Acalentando meu coração
Porque o amor
Abandonou minhas sensações
Estou leve, entregue, ao silêncio
Da madrugada sob o luar
Da majestade amarela,
Aquarela
De felicidade,  ó quanta saudade.


As palavras são os meus melhores amigos, claro que não substituem os de carne e osso – amo muito vocês. Ah, sei lá. Escrever me liberta – e quando deixo o coração falar, parece que vou explodir em lágrimas =(. É um sentido de preenchimento é como se fosse a  união dos acasos  dos momentos (des) ajeitados do coração. Será que eu chegaria a escrever um livro? Sim, acredito que sim, e ele iria ter à minha cara - a minha razão é o coração. Seria uma máscara permanente, completamente nua. Talvez o Ismael Try criticasse, porque minhas hipóteses fossem infundadas (seria legal), mas que isso importa? Não ligo para os padrões. Não gosto de falar as mesmas asneiras que os outros falam - são palavras fatídicas, que fogem a essência dos meus póros libertos de racionalismos irritantes.

Esta madrugada está começando a me dar dor de cabeça.  Vou sentir Legião Urbana, depois vou dormir. (01h44  - faz sentido? Risos).

*eu queria ter colocado uma foto linda, que me faz tão bem, mas a internet não deixou =(. Internet, um dia eu te largo!

Um comentário:

  1. Me identifiquei muita com esse... Me fez lembrar minhas noites da 7°série. Eu sentia como se meu coração fosse sair pela boca... Meus desabafos eram feitos para um papel que em meio as lágrimas me levava a uma pequena calmaria... até cair em sono profundo.
    Adoro tudo que você escreve. É como se os meus pensamentos tivessem sido lidos.
    Parabéns querido!

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