terça-feira, 11 de setembro de 2012

Espera de esperanças. Sem exclamações.


Ele chegou cansado, mas restava forças.
Resolveu esperar. Colocou o celular do lado.
Brincou de desvendar o céu, como se tivesse
Todo tempo do mundo.
O mar flutuante estava lindo, com densas
Nuvens e nas pontas, algumas estrelas,
Poucas, mas com brilho incessante.
Parou de respirar. Fixou os olhos e
Sentiu seu corpo na atmosfera no
Movimento lunático frio.
Seu corpo ardia de dor.
Baixou a cabeça.
Olhou para os lados e viu flores amarelas
Com vizinhas vermelhas:
- botões de sempre! - ponderou.
Suspirou o processo da morte.
Elevou a cabeça - só havia ali ele e uma
Única estrela.
Sentiu-se um bobo de crianças inquietas.
Esperou em vão.
Mais uma espera de sonhos a menos.
Esperou mais um pouco, como se todos
Os problemas de sua vida estivessem
Resolvidos.
Pontuou pingos vermelhos torre, com amarelo
Lâmpada e recheio de nuvens passageiras.
 - Passageiras, é isso!
Juntou os cacos de seu corpo moído.
Tirou o ouro de seu coração.
Cobriu-o com o metal.
Sua cabeça cansou,
Não mais esperou.

BLS - 22H09 Às 15/04/2011.

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