sábado, 3 de março de 2012

Na vida o caminho nem sempre é o caminho, por que o título deve ter título?

Retirado do meu caderninho pequeno; de um tempo que não lembro!

“Ele assistiu aos Simpsons
E mais uma vez amou
Sentiu que estava
Chovendo lentamente lá fora
Sozinho, sentiu que
O frio era perceptível.
Confirmou sua dúvida.
O tempo parado era
A coisa mais linda, pensou.
Viu pássaros bailando
No céu chuvoso nublado
Quase não aguentava,
Para chorar.
Olhou para o lado
Lembrou que há tempo
Estava sozinho e
Continuaria assim
Por tempo incerto – ficou
Triste com isso.
Resolveu escrever.
Correu para o quarto
Abriu a gaveta e pegou
Um caderno pequeno de
Coisas simples.
Sentou-se na calçada
Abriu o coração e sentiu
O universo numa simples
Tarde de domingo.
A chuva molhava sua letra e ele achava o
Máximo – sabia que o
Tempo ia fazer isso mesmo
Mas é uma honra a
Chuva fazer parte disso, pensou.
Lembrou de alguém que
Fez uma escolha
Achou a pessoa um
Silêncio amarelo. Ficou
Triste por ela.
Sorriu sozinho.
Pensou em chorar.
Mas para quê? Ponderou.
Beijou-se. Acariciou-se.
Cheirou-se. Adorava
O seu próprio jeito e
Imperfeições.
Sua pele
Adorava sentir os pingos
Da chuva. Soltava altas
Gargalhadas por isso.
Não quis pensar no
Passado. Repudiou o
Clichê de frio.
Lembrou de muitos e
Sabia que apenas 1, ou
Dois, lembrariam-se dele – acreditava.
Sorriu sem parar
Levantou-se,
Olhou para as andorinhas
Como criança indefesa
Que vê a mãe.
Abriu os braços.
Esticou-se.
Tudo ficou manchado.
Desequilibrou-se.
Talvez estivesse muito
Pesado, pensou.
Então olhou
Para o céu
Fechou os olhos
E sorriu.
Queria alguém, além de
Sua própria alma e
Coração, para conversar.
Esticou o braço manchado
De tinta de caneta.
Abriu o livro de simples
Coisas
E ofereceu seu
Couro a chuva, para
Que deixasse tudo manchado.
Pulou, dançou nos arranhões das andorinhas
Achou isso o máximo.
Seu pescoço doía pela
Doidera do céu com
Vários pingos voantes
Fixos, caídos.
Tudo cinza, meu Deus, penso.
Deus o abraçou e
Disse que tudo
É intenso e que
Seguisse o seu coração e
Sobre as manchas nas
Mãos e no peito falou:
- não tenha vergonha;
Não as esconda; é a
Marca da coragem de
Amar. Sou o vento
Que te deixa livre.
Acredite. Feche os olhos.
Sinta. Ame mais. Ame
Com manchas, pingos, lágrimas.
Mas ame a verdade e os
Corações.
Sorriu. Queria sentir
Isso sempre. Agradeceu
Por ainda estar vivo,
Por ainda estar por aí!”

Um comentário:

  1. O anjo mais velho
    -o teatro magico-


    O dia mente a cor da noite
    E o diamante a cor dos olhos
    Os olhos mentem dia e noite a dor da gente"

    Enquanto houver você do outro lado
    Aqui do outro eu consigo me orientar
    A cena repete a cena se inverte
    enchendo a minha alma d'aquilo que outrora eu deixei de acreditar

    tua palavra, tua história
    tua verdade fazendo escola
    e tua ausência fazendo silêncio em todo lugar

    metade de mim
    agora é assim
    de um lado a poesia o verbo a saudade
    do outro a luta, a força e a coragem pra chegar no fim
    e o fim é belo incerto... depende de como você vê
    o novo, o credo, a fé que você deposita em você e só

    Só enquanto eu respirar
    Vou me lembrar de você!!!

    fernando Anitelli

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